sábado, 8 de janeiro de 2022

Possíveis relações da Mente com o Universo - Parte 2

Reflexões sobre a Mente além do Corpo 

Ao longo da história várias pessoas que experimentaram sensações além de seu próprio corpo e de sua própria mente, tentaram buscar uma relação da mente com a física e com o eletromagnetismo, entre elas estão Franz Mesmer, Allan Kardec e Julius Robert von Mayer (este último é citado pelo psiquiatra e psicanalista Carl Gustav Jung). 

O primeiro foi considerado “pai” do hipnotismo (mesmerismo) e formulou a teoria do magnetismo animal e de um campo magnético que espalha-se sobre todo o cosmo (talvez relacionado ao bóson de Higgs descoberto posteriormente). Tal campo magnético geralmente é percebido por pessoas que passam por experiências tidas como sobrenaturais, mas não foi detectado pelos cientistas da época de Mesmer, que desacreditaram sua hipótese. 

O segundo, tido como pai do espiritismo, trouxe a público conceitos do fluido universal (estudando também a partir de Mesmer) e estipulou ligações entre fenômenos eletromagnéticos e seres inteligentes corpóreos e incorpóreos (médiuns e espíritos); 

O terceiro foi um médico germâncio que começou a se interessar pela física já em sua juventude. Uma experiência inexplicável (possivelmente mediúnica) em Jakarta, aumentou seu interesse pela física fazendo-o seguir carreira neste ramo e na química. 

 Experiências “mediúnicas” particulares 

Sensações que vão além do corpo parecem pouco estudadas pela ciência e provavelmente muitas são tidas como meras alucinações. Isto se deve porque muitas delas dependem de fatores indetectáveis como sentimentos (emoções não externalizadas), e na maioria das vezes, uma inteligência, ou seja um ser (naturalmente imperceptível por estar além da curvatura espaço-tempo ou por ser altamente energético vibrando em frequências não detectáveis pelos cinco sentidos humanos), está por trás da experiência. 

Como experiências particulares tive algumas negativas e outras positivas: 

Positivas: Alcançar ou atrair pensamentos e principalmente sentimentos coesos que variavam do neutro ao positivo: Paz (“neutro”), amor e instrução (positivos). Estes “coesos” na maioria dos casos se caracterizavam como seres, ainda que aparentemente imateriais ou incorpóreos e em geral luminosos. Só apareciam durante o estado de sono ou inconsciência. 

Negativas: Atrair pensamentos fragmentados externos e sentimentos externos, todos negativos é claro: ódio, sadismo, ofensas etc. Ataques eletromagnéticos: Estocadas em determinadas partes do corpo que se manifestavam como choques, empurrões e/ou formigamentos. Na grande maioria das vezes se manifestavam à noite. 

Gerais: Percepção de sentimentos ligados a um formigamento sobre (acima d)a cabeça. Se manifestavam numa região mais ou menos esférica, talvez variando de 10 cm até 50 cm além da cabeça. Aparentemente, estes últimos foram tornando-se impedidos ou bloqueados por alguma “força” externa… 

*Sentir não é ressentir, está ligado a experiência, pois o sentimento inicial, é o começo de um “eu” consciente. Uma dúvida aparentemente comum na filosofia é: Eu e experiência são diferentes entre si? Há uma grande importância no momento, pois não é recomendável se perder no futuro nem no passado: Assim é a vida material. Deslocar-se do presente é um risco de ser fascinado ou obsediado por mentes sem corpo, de um lugar onde o tempo não existe ou passa de forma diferente. Daí a importância de viver o agora. 

"Incorpóreo" - Matéria ou Radiação Indetectável 

A questão sobre o incorpóreo ou imaterial aparece em uma questão do Livro dos Espíritos: 

"82. É certo dizer que os Espíritos são imateriais? 

— Como podemos definir uma coisa, quando não dispomos dos termos de comparação e usamos uma linguagem insuficiente? Um cego de nascença pode definir a luz? Imaterial não é o termo apropriado; incorpóreo, seria mais exato; pois deves compreender que, sendo uma criação, o Espírito deve ser alguma coisa. É uma matéria quintessenciada, para a qual não dispondes de analogias, e tão eterizada que não pode ser percebida pelos vossos sentidos." 

Em resumo, isto quer dizer que as entidades que se comunicaram através das jovens que responderam a Kardec (sejam elas o que forem, espíritos, deuses ou fruto exótico do inconsciente de adolescentes) não disseram que o espírito é imaterial, ou que há algo além de matéria e energia no universo. Imaterial parece apenas uma maneira de se referir a algo muito sutil, além dos estados gasoso e plasmático da matéria. O que elas dizem é que há muita coisa indetectada, e nisso elas de certa forma estavam antecipando o que os físicos descobriram mais de um século depois: que só cerca de 4% do que existe interage com fótons; e tudo o que conseguíamos detectar do universo até outro dia eram fótons (agora temos também as "ondas gravitacionais"). 

Relatividade 

Uma verificação experimentada da distorção da passagem do tempo foi feita: Do ponto de vista dos astronautas fora da Terra o tempo parece passar minimamente mais lento. (necessita de um cronômetro mais sofisticado do que os existentes até 2018 para confirmação) 

No Grande Colisor de Hádrons, as partículas relativamente efêmeras aparecem apenas quando outras partículas mais comuns colidem-se e, logo depois desaparecem conforme os níveis de energia do impacto se dissipam. Como as colisões são realizadas a velocidades próximas à da luz, os cientistas ganham um tempinho a mais de observação, pois do ponto de vista deles, o tempo passa mais devagar para as partículas efêmeras (que duram mais que as outras). 

Checagem de Argumentos anti-espirituais: 

Os trechos entre aspas a seguir são argumentos materialistas e/ou empiristas que classificam a mente humana como o cérebro ou apenas algo diretamente produzido pelo cérebro. Resumidamente, tais argumentos em geral tentam provar (ou insinuar, quando apenas querem negar experiências transcendentais/ espirituais) que elementos psíquicos como sentimentos, memórias, intenções e tantos outros existam apenas em reações químicas do sistema nervoso ou nas sinapses, por exemplo: 

“...E há também as armadilhas da memória. A memória humana não é um DVD que registra tudo e pode ser assistido de novo a qualquer momento. Cada vez que nos lembramos de algo, o cérebro reconstrói toda a situação, e nessas reconstruções, muitas vezes, lacunas são preenchidas com dedução, imaginação e fragmentos de memórias diversas, semelhantes, sem que percebamos.” 

Até aqui o argumento sobre a mente humana parece plausível, embora a matéria não apresente as fontes. O trecho a seguir apresenta o viés materialista e está no mínimo pouco embasado (talvez nada embasado): 

Essa função “autopreencher” da memória faz com que as lembranças que temos de interações com figuras como médiuns, cartomantes, astrólogos etc contenham muito mais informação relevante e precisa do que realmente foi apresentado pelo profissional. Há experimentos em que sessões com um “vidente” foram gravadas e a gravação, depois, confrontada com as memórias do cliente a respeito do que foi dito na consulta. Em geral, o que é realmente dito, e consta no conteúdo gravado, é muito mais vago e impreciso do que aquilo que o cliente se lembra de ter ouvido.” 

O autopreenchimento da memória faz com que “experiências místicas'' tenham muito mais informação relevante e precisa? Quais são os estudos sobre este “autopreenchimento” e sua suposta relação com tais experiências? Quais são os parâmetros de relevância e de precisão destes casos? Quais e quantas sessões “esotéricas/espirituais” foram gravadas? Quantas pessoas lembram das sessões, ou relatam sonhos com o conteúdo destas e quantas pessoas não lembram nem relatam sonhos com sessões experimentadas? Existem dados estatísticos sobre o assunto? O autor do texto não revela. E se houverem tais informações, como garantir que não haja viés em um assunto tão subjetivo como a mente humana e seus respectivos pensamentos, sentimentos, imaginação, memórias etc? 

Alguns relatos particulares sobre o assunto: 

1. Passei por duas “sessões” com médiuns/ espíritos em centros de umbanda. Lembro de pouco do que foi dito: No máximo 60% da primeira sessão e 40% da segunda, ou seja, o contrário do que o materialista/ empirista afirmou acima. 

Eu passei a anotar meus sonhos diariamente (os que eu lembro, é óbvio) 4 meses após a última “sessão”. O conteúdo de tais diálogos nunca apareceram na vasta lista de meus sonhos (anotei uma média de 1 a 4 sonhos por dia) durante 17 ou 18 meses desde que fui à estas “sessões”. De fato o que é dito com a astrologia é muito vago, mas o que é dito em “sessões” de umbanda, geralmente não. A conversa é direta e o indivíduo consultado (seja o médium ou o espírito, não importa no que você crê) fala sobre o assunto requerido acertando / descobrindo fatos ou errando / mentindo. Pela minha experiência, só há resposta vaga ou imprecisa nestas “sessões” se o tema do assunto foi pouco exposto, ou mal abordado, como em qualquer conversa sobre um assunto pouco ou nada dominado. 

2. Minha mãe e uma prima passaram por uma “sessão” de umbanda com um “médium”. O indivíduo consultado respondeu todas questões diretamente e “respondeu” até o que não foi perguntado. Ele revelou o que uma pessoa próxima de minha mãe fazia às escondidas e ela confirmou o que o “médium” disse dias depois. Claro, alguns diriam que o médium viu a pessoa “próxima” de minha mãe, mas não é o assunto aqui, estou indicando que as “sessões com médium” podem ser, e muitas vezes são, mais diretas do que cartomancia, astrologia e outros métodos classificados como místicos. 

Por fim, não existe evidência alguma que determinadas experiências como “sessões” esotéricas sejam mais reativadas nas memórias ou nos sonhos de cada indivíduo em relação a qualquer outro tipo de experiência, seja religiosa, de descoberta científica, de estudo, de conversas com amigos, com desafetos, com psicólogos etc. O pensamento e o sentimento (e outros aspectos da mente, como memórias, desejos etc) existem, mas não podem ser medidos nem quantificados por método algum. Ao menos, ainda não… 

Ampliação da Percepção e Extensão das propriedades Mentais 

A “estrutura” mental que fica em aberto nos médiuns em religiões como a umbanda é chamada de tonali na religião (ou “mitologia”) asteca. Uma vez que o indivíduo "torne a estrutura aberta”, ele ficaria mais suscetível às “mentes desencarnadas”. 

Extensibilidade e/ou expansividade seria a mente em expansão, a percepção e os dados mentais (memórias, sentimentos etc) se “abririam” para alcançar outras mentes. A pessoa que se preocupa com outras ou com o todo, teria iniciado este processo ainda que timidamente. Vivenciar e/ou expor este pensamento, como com atos de solidariedade, é colocar a extensibilidade e/ou expansividade em prática, e talvez, abrir o tonali. 

Resumidamente o movimento contrário seria de retração da mente, causado por ideais e pensamentos egoístas e/ou baseados em orgulho. 

Considerando que seja possível que em algum momento do processo de expansividade das atividades psíquicas, as pessoas sejam capaz de “desenvolver” a característica chamadas de mediunidade ou abertura do tonali, uma série de perguntas podem ser feitas: 

Como ocorrem tais processos? Qual a amplitude de suas consequências? No que acarreta este processo? 

De acordo com o espiritismo e a umbanda, a mediunidade pode se manifestar de variadas maneiras. Porém a impossibilidade de captação dos fenômenos pelos 5 sentidos humanos e a dificuldade de reprodutibilidade destes fenômenos, faz com que praticamente toda comunidade (científica ou não) que tenha um pensamento e/ou visão monista materialista, empirista e/ou racionalista, duvide de todas essas experiências “transcendentais” / “espirituais”. 

Mas a dificuldade em perceber e entender tais processos e eventos deveria impedir a divulgação e os estudos sobre isto? Seguindo o próprio pensamento científico: Não. Afinal não se descobriria nada, se desistíssemos diante toda dificuldade. 

É provável que a grande dificuldade esteja relacionada ao estudo dos sentimentos e toda subjetividade em seu entorno. O que é mais uma prova que o desistir é uma tolice, pois o sentimento existe, por mais que um materialista negue este fato. 

Porém a maioria dos eventos mediúnicos, transcendentes e espirituais se dão em condições de solidão ou em pequenos grupos. Isto ocorre porque, ao menos no ocidente, as religiões mais divulgadas estão muito institucionalizadas há muito tempo (não falo de institucionalização com fins sociais). 

Embora pareça difícil perceber atividades mentais que se propaguem além dos indivíduos, existem alguns relatos sobre tal assunto… 

Durante o início da 2ª guerra mundial, Jung espantou-se com os processos de manifestações pró nazismo e de certa “histeria” coletiva. Ele cita a possibilidade do arquétipo de Wotan (Odin em germânico) estar se manifestando sobre a população. Embora a citação de uma antiga divindade pareça um retorno ao paganismo ou às religiões teutônicas/ nórdicas politeístas, Jung descreve tais eventos como parte do inconsciente coletivo. O inconsciente coletivo, ao tornar-se perceptível, passa a conter os arquétipos que são conteúdos que se propagam através do inconsciente das pessoas. No inconsciente ocorrem as transmissões genéticas de traços psíquicos que até mesmo os behavioristas (mais empiristas do que os psicanalistas e os fenomenólogos) estão descobrindo através de estudos com bebês e também ocorrem estas transmissões além do indivíduo. 

Mas se houveram na história da humanidade eventos coletivos de pânico, ódio e outros sentimentos ruins, não houveram tais manifestações com sentimentos bons em algum momento? 

A própria lógica indica que sim, se um é possível o outro também é. Porém os eventos de sentimentos bons parecem abafados por algumas narrativas. Narrativas estas feitas na maioria das vezes sob influência de quem tem poder, daí aquela percepção: “A história conta os eventos apenas com a visão do dominador”. É um viés que ocorreu diversas vezes ao longo da cronologia das civilizações humanas. 

Alguns casos relacionados aos bons sentimentos ocorreram provavelmente durante as experiências espíritas da época de Kardec e durante os eventos (aparições) ocorridos na cidade de Fátima em Portugal entre os meses de maio e outubro de 1917. 

As transmissões de fenômenos psíquicos além do indivíduo ocorrem pelo inconsciente coletivo de acordo com Jung, pois algumas faculdades psíquicas não são inteiramente limitadas pelo espaço-tempo. Porém são nítidas as semelhanças deste conceito com a descrição “esotérica” de plano astral. Além disto, em várias religiões extintas ou não, foram descritos uma (ou mais) dimensão onde os espíritos transitam. As aparições de Fátima vistas por milhares de pessoas, indicam que o conceito de inconsciente coletivo é parcial devido a uma tentativa de Jung aproximar-se das correntes empíricas / racionalistas. Um ato desnecessário se Jung levasse outras teorias e métodos de construção de conhecimento, como o fenomenológico (que tem semelhanças com a teoria geral dos sistemas surgida na década de 50 do século XX) em consideração. O inconsciente humano mostra sim uma capacidade de conexão além de si mesmo, mas de acordo com relatos como este (e tantos outros) existem seres / mentes além daquelas dos “seres vivos” e além das três dimensões conhecidas. 

A "Mente além do Corpo" no Espiritismo (Semelhança com outras filosofias e religiões?) 

 O espiritismo alega que o princípio inteligente é retirado do elemento inteligente universal e que a inteligência (do homem e do animal) é retirada / emanada deste elemento. Com alguma semelhança a este argumento, os filósofos helênicos naturalistas (pré-socráticos) afirmavam que Nous, a mente cósmica, organizou todo o cosmos. 

Ainda de acordo com o espiritismo, o espírito passa a 1ª fase de seu desenvolvimento em existências que antecede a “humanidade”. Estas existências anteriores seriam em animais e plantas, de maneira vagamente similar às religiões orientais como o hinduísmo ou alguma vertente do budismo. Como praticamente nada na natureza ocorre de maneira brusca, o espírito humano pode manter vestígios de seus estados primitivos em suas primeiras encarnações como humano. Em geral seria extremamente raro o espírito manter lembranças de suas vidas pré humanas, pois conforme o espiritismo elas estão muito distantes (várias encarnações), embora culturas consideradas primitivas pelas lideranças socioeconômicas do ocidente, indiquem alguma crença ou relação com “espíritos animais”.

O espiritismo cita exemplos em que os espíritos apegados à vida material / Terra ainda retém características que possuíam em vida, seja comportamento, manifestações de voz, escrita, aparência etc. Também cita que existe uma estrutura chamada perispírito, que seria intermediária entre o corpo e o espírito. Talvez o perispírito também esteja relacionado à retenção das características relacionadas à última encarnação / vida material do espírito. O perispírito também poderia ser responsável pela retenção da individualidade parcial ou total do espírito. 

Seriam os espíritos superiores (como os arcanjos das religiões abraâmicas), seres “liberados” de “si mesmos” (termos de religiões orientais) ou de “suas individualidades”? Sendo assim estes seres superiores de baixa ou nula individualidade formariam os conceitos de falanges espirituais? Seriam estes seres difíceis / impossíveis de se contatar diretamente pelos mortais por suas vastas informações mentais (memórias, sentimentos, pensamentos etc) estarem naturalmente “abertas”, causando “sobrecargas” nos cérebros humanos? Alguns seres espirituais aparecem em passagens do velho testamento gerando grande impacto em quem os vê. Exemplos são cair desacordado, morte(?) e pânico(?). Talvez estes “efeitos” descritos no velho testamento tenham relação com os conceitos de períspirito e de "espírito superior" propostos pelo espiritismo.

A Mente e sua relação com o “universo tridimensional” 

A psicologia analítica de Jung afirma que o fato (de ao menos alguma parte) da psique não estar sujeita às leis do espaço-tempo, indica em prática, uma continuação da vida após a morte. É possível interpretar que estas mentes seriam numa comparação tosca, como informações de um computador: Mesmo quando apagadas (com o comando "shift del") ainda restariam suas partes fragmentadas, diminuídas ou “corrompidas”. 

Estas mentes desencarnadas, geralmente chamadas de espíritos em várias religiões, viajaram na velocidade do pensamento, ignorando (todo ou parte do) espaço / tempo e perceberiam “em todas direções”. Portanto o espírito (como uma mente desencarnada) seria praticamente imortal e o efeito mais próximo de se “apagar” esta mente do cosmo, seria sua intensa contração ou supressão a possíveis níveis microscópicos ou “subdimensionais” (um termo improvisado teorizando a existência em menos de 3 dimensões). Tal contração possivelmente é oriunda de uma existência material (vida) cheia de males. Os males aqui designam causar o mal aos outros seres vivos e/ ou a si mesmo. 

O espírito de alguém que causou muito mal em vida, estaria apegado a determinadas coisas do plano / mundo material e sofreria muito em sua “nova” existência desencarnada. Sem um corpo só lhe resta suas experiências da vida (que foi causar muito mal) então impossibilitado de se livrar disto e, de certa forma, “apagado” de sua existência material, ele sentiria-se como se estivesse deformado, despedaçado, em dor etc. Isto explicaria o porque algumas ordens às quais multi milionários pertencem, busquem uma “espiritualidade” alternativa, substituindo o bem e a humildade, por uma busca de limpar suas consciências e/ou por uma busca por “conhecimento” (apenas material, com doses de obscurantismo para manter classes sociais mais baixas na ignorância) 

Tanto o espiritismo, como o livro de Enoch (Enoque, personagem das religiões abraâmicas) e várias outras religiões (hermetismo, budismo?), pregam a humildade, a prática da solidariedade e mostram a vida na Terra como apenas uma experiência passageira na imensidão do cosmo. O livro de Enoch foi banido da maioria das religiões judaico-cristãs por volta do século IV, quando a igreja católica passou a se tornar um centro de poder. Note que as igrejas que se mantiveram como instituições de poder, como a protestante e todas suas subdivisões, continuaram a renegar o livro de Enoch. 

As mentes desencarnadas, ou espíritos, dos praticantes do bem (solidariedade etc) manteriam uma coesão, talvez através de seu perispírito até que se tornassem cada vez mais boas, puras etc. Num estado de maior pureza elas iriam gradualmente (seja de modo lento ou rápido) expandindo e se unindo ao único Deus onipresente, ou de certa forma, ao próprio cosmo / mente cósmica. Isso se deve ao fato de que fazer o bem requer que o indivíduo se coloque no lugar de outros e isto seria literalmente uma maneira de expandir a mente. Tanto que termos como extensibilidade podem ser usados significando ágape, ou o verdadeiro amor (piedoso, que busca entender outras mentes). 

Percepção da Radiação: O que é “Visível e o que é Invisível” 

Após o desenvolvimento (ou surgimento) da mediunidade, que poderia ser a abertura do “tonali” da religião asteca, a indiferença pode se tornar um ponto de vulnerabilidade. Ao contatar o “astral” ou uma mente desencarnada / espírito, algo em nosso corpo ou mente ficaria mais perceptível para os desencarnados. Esta “abertura” pode estar vinculada a um estado ou atividade no endocéfalo, particularmente da glândula pineal? Como um orgão fotorreceptor, a atividade da glândula pineal significa que o ser humano se tornou capaz de entrar em contato com radiações ou formas radioativas imperceptíveis até então. 

A radiação mais energética conhecida (de menor comprimento de onda) são os raios cósmicos. Sua origem ainda é desconhecida (ao menos até o 1º semestre de 2021), pois embora o Sol possa produzir raios cósmicos, a energia destes raios cósmicos solares é pequena se comparada com os raios cósmicos de origem desconhecida. Talvez seu alto índice de energia e penetração indique que esta “faixa” de radiação seja capaz de atravessar o espaço-tempo? 

Esta radiação poderia diminuir sua energia através do efeito comptom? Esta diminuição de energia poderia ser o suficiente para que ela se torne visível aos olhos humanos (luz)? Se tais fenômenos forem possíveis, poderiam indicar que espíritos são seres energéticos, ou seres de “informação incorpórea” capazes de se manifestar ao plano corpóreo/ material, diminuindo sua energia… 

Quanto menor o comprimento de onda, maior a vibração / atividade. Daí porque o quando o corpo negro é aquecido ele adquire um tom avermelhado / incandescente inicialmente e ao atingir temperaturas maiores torna-se azulado. Sabe-se que o vermelho é a radiação do espectro visível de maior comprimento de onda, os “tons azul-violeta” são os de menor comprimento de onda e acima (além) do violeta estão os raios ultravioleta, os raios gama, raios-X e raios cósmicos… As radiações de comprimentos de onda menores do que a “luz azul / violeta” não são perceptíveis pelos sentidos humanos, nem as maiores do que a “luz vermelha”. 

Fótons de raios-X e raios gama podem perder energia quando interagem com a matéria se espalhando por uma partícula carregada (geralmente um elétron). Poderiam então se tornar raios ultravioleta ou mesmo “luz visível”? 

As ações ou aparições de mentes desencarnadas se daria por um método similar? O incorpóreo seria composto por partículas demasiadamente separadas ou demasiadamente juntas. As mais separadas teriam relação com a expansão e portanto com “dimensões superiores” enquanto as mais confinadas (juntas) estariam relacionadas às “dimensões inferiores”? 

O princípio da incerteza explica a mudança temporária na quantidade de energia num ponto do espaço, chamada de flutuação do vácuo ou flutuação quântica. Esta flutuação do vácuo possivelmente foi necessária na origem do universo, pois permite a criação de partículas-antipartículas ou partículas virtuais. 

Átomos e Física Sub Atômica 

Os átomos foram considerados a menor partícula da matéria por algum tempo. Sua estrutura é composta por um núcleo formado por prótons e nêutrons (cargas positivas e neutras) e este núcleo é cercado por uma “nuvem” de elétrons (cargas negativas). Porém há um vasto espaço vazio entre o núcleo e os elétrons, sendo que estes últimos curiosamente não se movem nem ficam parados (ao menos em alguns elementos). Resumidamente isto indica que, na verdade, toda matéria é formada por relações (entre as cargas e com seu exterior): Estas relações são classificadas pela Teoria Geral dos Sistemas em 3 tipos: De mudança, de repetições/ padrões e de transcendência (ir além de si mesmo, expandir-se). 

Movimento de expansão e retração psíquica no espaço-tempo 

Assumindo-se que exista uma relação das atividades cerebrais com o conteúdo psíquico, com a eletricidade e com os campos magnéticos (eletromagnetismo), imaginemos a seguinte situação: O ato de se preocupar com o próximo, buscar entender outras pessoas causam uma expansão do suposto campo magnético ou um aumento da energia / frequência da onda de radiação. 

Este movimento estaria literalmente ligado ao futuro, além de ser expansivo / transcendental pelo fato de ir além de si mesmo. 

O movimento contrário de egoísmo, seria uma retração, e uma possível volta ao passado. A união da preocupação com o próximo com a preocupação com o futuro (sem priorizar a si mesmo, mas não patológica) seria um movimento bom (o melhor possível); Pois une dois movimentos expansivos. O contrário (desejar muito poder, dinheiro etc e remoer o passado) seria união que gera o movimento ruim (o pior). A partir daí é possível imaginar variadas combinações de movimento (atômico, desde níveis microscópicos até astronômicos e além da curvatura espaço-tempo) mais ou menos expansivos. Enfim, resumido de uma maneira rudimentar é isso: O bem deve estar relacionado aos movimentos de criação e expansão (como a inflação cósmica / big bang) e o mau está vinculado à contração e aniquilação (“corpos”, eventos como os buracos negros talvez?)

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