Parábola do juiz iníquo (Lucas)
E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre, e nunca desfalecer,
Dizendo: Havia numa cidade um certo juiz, que nem a Deus temia, nem respeitava o homem.
Havia também, naquela mesma cidade, uma certa viúva, que ia ter com ele, dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário.
E por algum tempo não quis atendê-la; mas depois disse consigo: Ainda que não temo a Deus, nem respeito os homens,
Todavia, como esta viúva me molesta, hei de fazer-lhe justiça, para que enfim não volte, e me importune muito.
E disse o Senhor: Ouvi o que diz o injusto juiz.
E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles?
Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?
Se até mesmo uma autoridade arrogante e injusta pode fazer justiça às vezes, porque Deus, que é o piedoso criador, não faria justiça? A viúva pediu tanto ao juiz, que este acabou cedendo, portanto o fiel que ora pedindo justiça, certamente alcançará a justiça. A dúvida que Jesus deixa no fim da parábola é: As pessoas manterão sua fé? Serão fiéis à lei divina que é justa?
O Espírito Santo age até mesmo sobre os malignos (Filipe)
"O Pai" e "o Filho" são nomes únicos; "o Espírito Santo" é um nome duplo. Pois eles estão em toda parte: estão em cima, estão em baixo; eles estão no oculto, eles estão no revelado. O Espírito Santo está no revelado: está abaixo. Está no oculto: está acima.
Os santos são servidos por poderes malignos, pois (os poderes malignos) são cegados pelo Espírito Santo a pensar que estão servindo a um homem (comum) sempre que o fazem pelos santos. Por causa disso, um discípulo pediu um dia ao Senhor algo deste mundo. Ele lhe disse: "Peça à sua mãe, e ela lhe dará das coisas que são de outro".
Esta explicação de Filipe está em acordo com o espiritismo e com religiões que lidam com espíritos frequentemente, como a umbanda por exemplo. Os espíritos benignos, são servos de Deus e são naturalmente mais expansivos, mais puros e portanto, superiores aos espíritos malignos, agindo sobre estes para que sirvam à lei divina. Isto também explica a parábola do juiz iníquo, que apesar de ser uma pessoa egoísta, foi usado para o bem.
O Espírito Santo age em segredo desde o princípio (Filipe)
Antes de Cristo vir, não havia pão no mundo, assim como o Paraíso, o lugar onde estava Adão, tinha muitas árvores para alimentar os animais, mas nenhum trigo para sustentar o homem. O homem se alimentava como os animais, mas quando Cristo veio, o homem perfeito, trouxe pão do céu para que o homem pudesse se alimentar com o alimento do homem. Os governantes pensavam que era por seu próprio poder e vontade que estavam fazendo o que faziam, mas o Espírito Santo em segredo estava realizando tudo por meio deles como desejava. A verdade, que existia desde o princípio, é semeada em todos os lugares. E muitos o vêem sendo semeado, mas poucos são os que o vêem sendo ceifado.
A linguagem de Filipe pode ser considerada mística neste trecho, pois ele se refere a Cristo (Jesus) não encarnado, existente desde antes da raça humana habitar a Terra. Da mesma forma ele se refere a Adão, para exemplificar que houve uma era distante no passado em que o ser humano não sabia plantar trigo nem fazer pão.
Deus transcende nossa realidade, pois Ele vai além do espaço-tempo. Ele tudo sabe pois é “o começo e o fim”, afinal ele é o Criador do universo. Sua ação é sutil, por isso poucos vêem os resultados de sua obra e a sua lei é de amor, por isso ele nos deu o livre arbítrio e ainda assim cuida de nós, permitindo-nos progredir ao longo das eras.
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