Multiplicação dos Pães (Mateus, Marcos, Lucas, João)
"Depois disto partiu Jesus para o outro lado do mar da Galiléia, para um lugar deserto, que é o de Tiberíades.
Uma grande multidão o seguia, porque via os sinais que operava sobre os enfermos e ele (Jesus) os recebeu possuído de íntima compaixão, e falava-lhes do reino de Deus, e sarava os que necessitavam de cura.
E Jesus subiu ao monte, e assentou-se ali com os seus discípulos.
A páscoa, a festa dos judeus, estava próxima. E já o dia começava a declinar; então, chegando-se a ele os doze, disseram-lhe: Despede a multidão, para que, indo aos lugares e aldeias em redor, se agasalhem, e achem o que comer; porque aqui estamos em lugar deserto.
Então Jesus, levantando os olhos, e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes comerem? Mas dizia isto para o experimentar; porque ele bem sabia o que havia de fazer.
Filipe respondeu-lhe: Duzentos denários (dinheiros) de pão não lhes bastarão, para que cada um deles tome um pouco.
E um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe:
Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isto para tantos? E disse Jesus: Mandai assentar os homens. E havia muita relva naquele lugar. Assentaram-se, pois, os homens em número de quase cinco mil, além das mulheres e crianças.
Jesus tomou os pães e, havendo dado graças, repartiu-os pelos discípulos, e os discípulos pelos que estavam assentados; e igualmente também dos peixes, quanto eles queriam.
E, quando estavam saciados, disse aos seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca.
Recolheram-nos, pois, e encheram doze alcofas (cestas) de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido.
Vendo, pois, aqueles homens o milagre que Jesus tinha feito, diziam: Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo.
Sabendo, pois, Jesus que haviam de vir arrebatá-lo, para o fazerem rei, tornou a retirar-se, ele só, para o monte."
A partilha do pão é (mais) uma amostra de que é mais importante para os seres humanos, ajudar o próximo e conviver em paz, do que possuir qualquer tipo de propriedade. Jesus realizou o milagre da multiplicação tomado por compaixão diante a enorme multidão de famintos - nem o elevadíssimo número de pessoas necessitadas o desanimou de realizar tal feito justo e benigno. A compaixão de Cristo, que é uma forma de amor, se dá em seu presente: encarnado na Terra, Jesus cuidava dos vulneráveis, sem se importar com o passado das pessoas, nem com possíveis futuros problemas. Quem entendeu o amor de Jesus, solidariza-se com aqueles que têm necessidades ou que passam por dificuldades: não deixa populações carentes de necessidades básicas, não se conformando com pessoas passando fome.
Os momentos em que Jesus retira-se em solidão certamente foram para realizar orações a Deus e realizar alguma prática como a meditação/ o recolhimento para entrar em comunhão com Deus.
Jesus anda sobre as Águas (Mateus, Marcos, João)
"Logo (Jesus) obrigou os seus discípulos a subir para o barco, e passar adiante, para o outro lado, a Betsaida, enquanto ele despedia a multidão. E, tendo-os despedido, foi ao monte a orar na solidão. Sobrevindo a tarde, estava o barco no meio do mar e ele, sozinho, em terra.
E vendo que se fatigavam a remar, porque o vento lhes era contrário, perto da quarta vigília da noite aproximou-se deles, andando sobre o mar, e queria passar-lhes adiante.
Quando eles o viram andar sobre o mar, pensaram que era um fantasma, e gritaram Porque todos o viam, e assustaram-se; mas logo (Jesus) falou com eles, e disse-lhes: Tende bom ânimo; sou eu, não temais.
Respondeu-lhe Pedro, e disse: Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas. E ele disse: Vem. Então Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus. Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me!
E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o, e disse-lhe: Homem de pouca fé, por que duvidaste?
E subiu para o barco, para estar com eles, e o vento se aquietou; e entre si ficaram muito assombrados e maravilhados; Pois não tinham compreendido o milagre dos pães; antes o seu coração estava endurecido.
E, quando já estavam no outro lado, dirigiram-se à terra de Genesaré, e ali atracaram.
Saindo eles do barco, logo o conheceram; E, correndo toda a terra em redor, começaram a trazer em leitos, aonde quer que sabiam que ele estava, os que se achavam enfermos.
Onde quer que entrava, ou em cidade, ou aldeias, ou no campo, apresentavam os enfermos nas praças, e rogavam-lhe que os deixasse tocar ao menos na orla da sua roupa; e todos os que lhe tocavam saravam."
Assim como a multiplicação dos pães, esta é uma passagem do evangelho que muitos indivíduos, principalmente ateus, devem duvidar que tenha acontecido: Não basta Jesus ter andado sobre as águas, como Mateus conta que Pedro conseguiu dar alguns passos andando sobre as águas.
Para se realizar um feito destes com a graça, ou com a mediunidade, deve-se considerar várias coisas: O quão pura e intensa deve ser a fé do indivíduo para realizar tal feito? O quão útil seria realizar tal feito? Jesus, como sempre, realiza seus “milagres” em um estado mental de grande humildade e misericórdia: Sendo Jesus o filho de Deus (o próprio para os católicos e os evangélicos, ou um espírito muito próximo de Deus para espíritas e credos semelhantes), ele conseguiria realizar tais feitos que seriam dificílimos ou "impossíveis" para a maioria das pessoas. Talvez Pedro fosse o apóstolo que em momentos de grande fé e fervor, conseguisse realizar coisas vagamente parecidas. Mas o espiritismo explica que o médium é intermediário entre a Terra e o mundo dos espíritos. Que espírito de acordo com esta filosofia, acharia útil ou importante Pedro andar sobre as águas? Não importa. Porém quem concede a graça (ou a “mediunidade”) à Jesus é O próprio Deus.
Independente se Jesus é Deus ou o mais elevado espírito e mais próximo de Deus, este fato não deve ser desculpa para cristãos se afastarem ou desistirem de seus ensinamentos: O próprio Jesus fala para as pessoas: vós sois deuses, indicando que todos podem e devem ser como ele. E também ocasionalmente avisa seus discípulos para que estes tenham mais fé! De acordo com suas palavras, se tivessem mais fé, realizariam os "milagres" ou "feitos mediúnicos" sem dificuldades!
Discurso de Jesus sobre o pão da vida (João)
"No dia seguinte, a multidão que estava do outro lado do mar, vendo que não havia ali mais do que um barquinho, a não ser aquele no qual os discípulos haviam entrado, e que Jesus não entrara com os seus discípulos naquele barquinho, mas que os seus discípulos tinham ido sozinhos (Contudo, outros barquinhos tinham chegado de Tiberíades, perto do lugar onde comeram o pão, havendo o Senhor dado graças).
Vendo, pois, a multidão que Jesus não estava ali nem os seus discípulos, entraram eles também nos barcos, e foram a Cafarnaum, em busca de Jesus. E, achando-o no outro lado do mar, disseram-lhe: Rabi, quando chegaste aqui?
Jesus respondeu-lhes e disse: Na verdade, na verdade vos digo que me buscais, não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes. Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque a este o Pai, Deus, o selou.
Disseram-lhe, pois: Que faremos para executarmos as obras de Deus?
Jesus respondeu, e disse-lhes: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou.
Disseram-lhe, pois: Que sinal, pois, fazes tu, para que o vejamos, e creiamos em ti? Que operas tu? Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Deu-lhes a comer o pão do céu.
Disse-lhes, pois, Jesus: Na verdade, na verdade vos digo: Moisés não vos deu o pão do céu; mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu. Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.
Disseram-lhe, pois: Senhor, dá-nos sempre desse pão.
E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede. Mas já vos disse que também vós me vistes, e contudo não credes. Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora. Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E a vontade do Pai que me enviou é esta: Que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia. Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.
Murmuravam, pois, dele os judeus, porque dissera: Eu sou o pão que desceu do céu. E diziam: Não é este Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe nós conhecemos? Como, pois, diz ele: Desci do céu?
Respondeu, pois, Jesus, e disse-lhes: Não murmureis entre vós. Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia. Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto, todo aquele que do Pai ouviu e aprendeu vem a mim. Não que alguém visse ao Pai, a não ser aquele que é de Deus; este tem visto ao Pai.
Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Vossos pais comeram o maná no deserto, e morreram. Este é o pão que desce do céu, para que o que dele comer não morra. Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo.
Disputavam, pois, os judeus entre si, dizendo: Como nos pode dar este a sua carne a comer?
Jesus, pois, lhes disse: Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne verdadeiramente é comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. Assim como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim, quem de mim se alimenta, também viverá por mim. Este é o pão que desceu do céu; não é o caso de vossos pais, que comeram o maná e morreram; quem comer este pão viverá para sempre.
Ele disse estas coisas na sinagoga, ensinando em Cafarnaum. Muitos, pois, dos seus discípulos, ouvindo isto, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir? Sabendo, pois, Jesus em si mesmo que os seus discípulos murmuravam disto, disse-lhes: Isto escandaliza-vos? Que seria, pois, se vísseis subir o Filho do homem para onde primeiro estava? O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos digo são espírito e vida. Mas há alguns de vós que não crêem.
Porque bem sabia Jesus, desde o princípio, quem eram os que não criam (acreditavam), e quem era o que o havia de entregar. E dizia: Por isso eu vos disse que ninguém pode vir a mim, se por meu Pai não lhe for concedido. Desde então muitos dos seus discípulos tornaram para trás, e já não andavam com ele. Então disse Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos?
Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. E nós temos crido e conhecido que tu és o Cristo, o Filho do Deus vivente.
Respondeu-lhe Jesus: Não vos escolhi a vós os doze? e um de vós é um diabo. E isto dizia ele de Judas Iscariotes, filho de Simão; porque este o havia de entregar, sendo um dos doze."
Quando Jesus diz “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque a este o Pai, Deus, o selou.” ele se quer dizer que trabalhar o bem (humildade, serenidade, sinceridade, paciência, força de vontade, misericórdia etc) de coração, para a alma/ o espírito e sua imortalidade é mais importante do que simplesmente trabalhar pela sobrevivência na Terra. Porém esse trabalho espiritual é feito valorizando o próximo na Terra e o próximo é todo e qualquer um que se encontre, seja conhecido ou desconhecido, por isso esse trabalho espiritual não deve deixar de valorizar a vida coletiva. Não se alcança o reino dos céus sem praticar os ensinamentos de Jesus: ser humilde como as crianças, vigiar a si mesmo para não cair no orgulho, na ganância e na ira e perdoar e ajudar os outros, principalmente os mais necessitados. Também é importante ressaltar que na frase “E a vontade do Pai que me enviou é esta: Que nenhum de todos aqueles que me deu se perca”, fica claro que Deus é piedoso e esperançoso, pois quer salvar a todos. Isto é reforçado também quando ele diz nesta passagem: E serão todos ensinados por Deus.
Se alimentar da carne e do sangue de Jesus, significa se alimentar de seus ensinamentos / praticá-los: Os ensinamentos mais objetivos (externos, sociais) que é perdoar o próximo em seus atos, ser solidário etc; e os mais subjetivos (internos, individual) que trata-se de não desejar o mal de outrem, esforçar-se para perdoar, autocontrolar seus pensamentos e sentimentos. Estes dois ensinamentos são recíprocos e interligados: ninguém é verdadeiramente humilde se trata determinadas pessoas com respeito e trata outras pessoas com desprezo, violência ou qualquer outra atitude contrária ao respeito. Ninguém é verdadeiramente solidário se ajuda somente alguns indivíduos ou grupos, enquanto odeia ou despreza outras pessoas e povos...
Jesus transmite o bem e a verdade, pois sua palavra é espírito! A lei divina é de amar ao próximo como a si mesmo e amar a Deus. Amar o próximo é conviver em paz, partilhando tudo com humildade, amizade e esperança coletiva.
Quando Jesus diz: “Que seria, pois, se vísseis subir o Filho do homem para onde primeiro estava? O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos digo são espírito e vida.” ele explica que a vida espiritual vai além (antes e depois) da material/ "encarnada"; Pois esta vida (material/ encarnada) é
passageira e existe para se propagar o amor de Deus. Por isso Jesus ensinou que praticar o bem e obedecer a lei divina de amor são coisas mais importantes do que se preocupar com a própria vida encarnada. Assim, ao questionar a reação de seus apóstolos, Jesus indica que "onde primeiro estava" é uma realidade diferente da vida corporal/ material, certamente espiritual.
Discussão com fariseus (Tomé, Marcos, Mateus)
"Então chegaram ao pé de Jesus uns escribas e fariseus de Jerusalém, dizendo:
Por que transgridem os teus discípulos a tradição dos anciãos? pois não lavam as mãos quando comem pão.
Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Por que transgredis vós, também, o mandamento de Deus pela vossa tradição?
Deus ordenou, dizendo: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser ao pai ou à mãe, certamente morrerá. Mas vós dizeis: Qualquer que disser ao pai ou à mãe: É oferta ao Senhor o que poderias aproveitar de mim; esse não precisa honrar nem a seu pai nem a sua mãe, E assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Deus.
Hipócritas, bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim. (Isaías 29 - 13) Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
E, chamando a multidão para si, disse-lhes: Ouvi, e entendei: O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca, isso é o que contamina o homem.
Então, acercando-se dele os seus discípulos, disseram-lhe: Sabes que os fariseus, ouvindo essas palavras, se escandalizaram?
Ele, porém, respondendo, disse: Ai dos fariseus, porque eles são como um cão que dorme na manjedoura dos bois, pois ele não come nem deixa os bois comerem. Toda a planta, que meu Pai celestial não plantou, será arrancada. Deixai-os; são cegos condutores de cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova.
E Pedro, tomando a palavra, disse-lhe: Explica-nos essa parábola.
Jesus, porém, disse: Até vós mesmos estais ainda sem entender? Ainda não compreendeis que tudo o que entra pela boca desce para o ventre, e é lançado fora? Mas, o que sai da boca, procede do coração, e isso contamina o homem.
Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, fornicação, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias. São estas coisas que contaminam o homem; mas comer sem lavar as mãos, isso não contamina o homem."
Esta é a passagem onde Jesus confirma que nenhum ritual ou rito, seja "liturgia" ou "magística", é mais importante do que praticar o bem nos atos, nas palavras, nos pensamentos e nos sentimentos. As maldades não entram pela boca da pessoa - elas surgem e/ ou permanecem no interior (alma, mente) da pessoa tomada por sentimentos e/ ou pensamentos maldosos, egoístas e similares. Portanto praticar uma purificação física, como lavar as mãos, as louças, jarros e talheres, é insignificante se a pessoa não pratica o bem. As palavras mostram o que a pessoa pensa e guarda de sentimento: Se uma pessoa espalha mentiras sobre outras, ou se faz falsas acusações por exemplo, ela está praticando o mal, portanto, está contrariando os ensinamentos de Jesus. Toda fala e argumento usado para beneficiar a si mesmo prejudicando outros, é contrário aos ensinamentos de Jesus.
Esta questão do coração e dos pensamentos trazida por Jesus, é o tema da interiorização do bem, bastante abordado por Sócrates e Platão: Os filósofos explicavam que era importante tornar o desejo correto (orthos eros), unindo o elemento sentimental/ emocional ("thymous") que é o intermediário da alma (da psiquê) ao elemento superior, à razão capaz de buscar o bem, a justiça, a moderação e a coragem. Assim se busca o que é uno, ou seja, universal, imutável, o que não pode ser relativizado nem iludido. O bem (kalos) é o valor universal, que deve ser inferido nos sentimentos/ emoções, na razão e enfim, na alma, para servir a todos, para o bem do coletivo.
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